domingo, 27 de janeiro de 2008

Que?

Pois bem: há algum tempo me  prometi que escreveria. Qualquer coisa, disse. Não lembro se cheguei realmente a prometer, mas enfim: resolvi escrever.
Antes de qualquer outra coisa, vou selecionar qualquer fonte que não seja Times. É inexplicável, mas desde sempre essa fonte me irritou muito, e até hoje não entendo como ela é o padrão do Word.
Pronto. Sem mais reclamações acerca de coisas abstratas.
E agora não tenho sobre o que falar! (que ponto de exclamação estranho. Já cheguei a mencionar que não gosto nem um pouco de exclamações? Pois é. Sempre paro e penso um monte antes de usar uma. Sei lá, sempre me soou tão falso. Mnnn... pensando mais pragmaticamente, acho que sou uma pessoa com uma enorme lista de coisas pra não gostar: pessoas, exclamações, Times, The OC, escrita formal desnecessária, aparições intelectuais em locais desnecessários, hierarquias, e infinitamente mais coisas. Basicamente, tudo o que envolve pessoas. Eu tô tão, mas tããão enjoada de todas essas pessoas seguindo condutas padronizadas e dizendo que buscam distinção moral. Vem daí a minha implicância com aqueles que se auto-proclamam indies: todos sempre iguais, sempre pensando que são diferentes e que estão sozinhos no mundo. Tá, vou deixar os indies pra lá – eles têm sido o principal alvo das minhas críticas à massificação e exteriorização social nos últimos tempos, já deu pra entender. Acontece que esses dias eu tava no ônibus, voltando pra casa, sentada bem no fundo – como de costume -, e prestei atenção no ambiente: todos sentados ao lado de estranhos, todos arrumadinhos. Um levanta, puxa a campainha e desce. Outro levanta, puxa a campainha e desce. E outro e outro. E eu. O que me deixa boquiaberta é a abominável quantidade dessas porras que a gente decora pra viver em sociedade, a mecanização humana, que gera, por fim, a tal padronização - tida pelos mais sensatos seres como normal. Chega, minha dor de cabeça tá voltando.)