quinta-feira, 28 de maio de 2009

Treasures






















ffffound!

sexta-feira, 22 de maio de 2009

Eu, descoberta

A veneziana abriu com o vento - e isso é tudo o que ouço vindo lá de fora, o vento. É estranho como aqui o tempo parece não passar: pessoas, vento, pensamentos, tudo parece estar sempre ao acaso, mansamente acomodado na tranquilidade oriunda da mediocridade. Não dá nem vontade de caminhar pelas ruas, as sombras parecem não gostar das calçadas daqui.
E eu com isso?
Eu não sei. Amanheci de luto pela tomada de consciência que a noite me trouxe, calada pela vontade de não estar. sem vontade de falar, sem vontade de encarar. Tenho ao meu redor todos esses textos, o resumo de algo abominável e também adorável, que me faz sentir burra e comum. Não tenho vontade deles, mas também não tenho vontade de C. Lispector e suas maximizações dramáticas da tomada de consciência da mulher comum - sempre igual. já tenho a minha tomada de consciência, e basta.
Descobri há alguns dias que preciso escrever. preciso, mas não como obrigação - como a que tenho com esses textos, que abarrotam minha escrivaninha e forram meu caminho até a formatura no austero salão de atos da UFRGS -, preciso para ser completa, eu mesma. Ao descobrir que preciso escrever, instantaneamente senti uma desnecessidade de me preocupar com a aparência e a opinião alheia, um relaxamento como até então nunca havia experimentado ao longo desses meus anos de existência. o fim de uma agonia que há tempos aterrorizava e sufocava minha alma: a sapiência de que eu estava fora do meu caminho, de que estava em outro lugar a peça que faltava à minha integridade sentimental.
Descobri que precisava escrever.